terça-feira, 12 de julho de 2011

A 1ª vez a gente nunca esquece- parte 4

"Ponto de partida"- A primeira criação artística:  A partir do ofício de operador de luz no SESC Tijuca, Aurélio passou a ter contato com outros iluminadores e a entender melhor o ofício do profissional da iluminação cênica. No mesmo ano, o espetáculo ‘Mistério das nove luas’, com direção de Íllo Krugli, foi montado no Sesc. Aurélio conta que foi aí que começou a entender a importância da luz dentro do espetáculo. A criação era de Jorginho de Carvalho, iluminador que ele já ouvira falar bem nesta época. Em agosto daquele ano, Jorginho foi montar uma peça adulta e uma infantil ao mesmo tempo no Sesc da Tijuca (AS QUATRO PATAS DO PODER – direção de Clovis Levy e O LEITEIRO E A MENINA NOITE – direção do próprio iluminador), após esta montagem Aurélio foi chamado para ser um de seus assistentes. No ano seguinte, em 1979, criou a sua primeira luz em um espetáculo que curiosamente chamava-se ‘Ponto de partida’ de Gianfrancesco Guarnieri, com direção de Haroldo de Oliveira. A transição do operador de luz para o criador, iniciou-se pelo fato de que algumas peças chegavam ao Sesc sem iluminação definida, o que fazia com que Aurélio opinasse na montagem de luz destes espetáculos, no mesmo período em que fazia a assistência aos espetáculos de Jorginho de Carvalho. Para dar conta dos dois empregos contava com a ajuda de Dona Laura na Rede ferroviária que o avisava quando o chefe saía para almoçar e quando chegava. Neste tempo, que durava cerca de três horas, Aurélio colocava algumas almofadas no chão e dormia profundamente. Costumava dizer que se morresse ferroviário morreria frustrado. Em julho de 1980, o iluminador pediu licença sem vencimento na Rede ferroviária. Ao final da licença de seis meses, pediu a revogação do contrato trabalhista.

Um comentário:

  1. uhullllll!!!! Grande estória, grande mestre!! Grande honra a minha... :)

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